“O PTE tornará a Escola num espaço de interactividade e de partilha de conhecimento sem barreiras, certificará as competências TIC de professores, alunos e funcionários e preparará as nossas crianças e jovens para a sociedade do conhecimento.”
“A ambição do PTE é a de colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica das escolas até 2010.”
Os objectivos são louváveis e a ambição é grande mas será que basta para trazer o sucesso escolar aos alunos e o respeito à entidade escolar?
Olhando agora para o Plano Tecnológico da Educação e tendo lido o texto recomendado parece-me que há aqui um grande ênfase na perspectiva económica característica de teorias tradicionais do currículo, como a de Bobbit, Onde a escola é vista como uma indústria que produz alunos capazes de se inserir no mercado de trabalho. Mas se descurarmos os conteúdos. Mas também se está a valorizar mais a transmissão de saber do que os saberes em si, característica de uma teoria mais crítica, como a de Bernstein. Do ponto de vista de um educador tradicional, sou da opinião da Guida, em como ainda falta qualquer coisa no nosso currículo que permita uma fundamentação teórica dos conhecimentos, para então se puderem utilizar as TIC para além de um motor motivador e mais como a tal fonte rápida e eficaz de conhecimentos.
Após esta breve reflexão e uma observação cuidada do PTE passo então a enumerar os aspectos positivos e negativos deste plano:
- Louvo todo o eixo tecnológico, em especial a criação do cartão da escola. Acho que esta é uma medida inteligente que para além de evitar roubos é uma boa medida para que os alunos aprendam a gerir de forma eficaz o dinheiro com a ajuda e supervisão dos pais. Algo simples, que pode até fazer parte de um currículo oculto, mas essencial para a sua vida futura enquanto cidadãos independentes.
- Louvo o eixo dos conteúdos em especial a criação do Portal da Escola que além de facilitar o acesso aos diversos recursos disponibilizados nas diferentes disciplinas vai ser também um espaço de ensino-aprendizagem onde se podem trocar ideias e partilhar informação que de outro modo não seria possível no tempo destinado à sala de aula.
- Tanto a nível de tecnologias como conteúdos penso que este plano, ao englobar todas as escolas, está a dar acesso a meios que de outro modo muitos miúdos nunca conseguiriam aceder.
Mas como em tudo o que é novo há sempre falhas:
- A falta de infra-estruturas para incorporar quadros interactivos, computadores por cada dois alunos, etc., em sala de aula (como a falta de tomadas (que já referiram), a falta de espaço que muitas vezes obriga a uma má disposição dos alunos nas salas de aula).
- Todo o eixo de formação deste plano está a ser negligenciado para além de nem sequer mencionar as TIC na formação inicial de professores penso também que falta pensar melhor na avaliação (parte integrante de um currículo da perspectiva tradicional) feita a partir do uso destas novas tecnologias. Se há uma valorização dos recursos em detrimento dos conteúdos fundamentais, os alunos vão ter acesso a uma informação excessiva, serão necessários filtros dessa informação e será o professor que terá de adoptar esse papel, mas como, se não tiver formação para tal? Não será por acaso que na grelha dos objectivos para 2010 não se encontram dados publicados da percentagem de professores com formação, desde 2006…
- Por fim, coloco-me também a questão de se esta utilização excessiva dos computadores não terá alguns efeitos perversos, não só a nível de saúde como a níveis sociais…
“A ambição do PTE é a de colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica das escolas até 2010.”
Os objectivos são louváveis e a ambição é grande mas será que basta para trazer o sucesso escolar aos alunos e o respeito à entidade escolar?
Olhando agora para o Plano Tecnológico da Educação e tendo lido o texto recomendado parece-me que há aqui um grande ênfase na perspectiva económica característica de teorias tradicionais do currículo, como a de Bobbit, Onde a escola é vista como uma indústria que produz alunos capazes de se inserir no mercado de trabalho. Mas se descurarmos os conteúdos. Mas também se está a valorizar mais a transmissão de saber do que os saberes em si, característica de uma teoria mais crítica, como a de Bernstein. Do ponto de vista de um educador tradicional, sou da opinião da Guida, em como ainda falta qualquer coisa no nosso currículo que permita uma fundamentação teórica dos conhecimentos, para então se puderem utilizar as TIC para além de um motor motivador e mais como a tal fonte rápida e eficaz de conhecimentos.
Após esta breve reflexão e uma observação cuidada do PTE passo então a enumerar os aspectos positivos e negativos deste plano:
- Louvo todo o eixo tecnológico, em especial a criação do cartão da escola. Acho que esta é uma medida inteligente que para além de evitar roubos é uma boa medida para que os alunos aprendam a gerir de forma eficaz o dinheiro com a ajuda e supervisão dos pais. Algo simples, que pode até fazer parte de um currículo oculto, mas essencial para a sua vida futura enquanto cidadãos independentes.
- Louvo o eixo dos conteúdos em especial a criação do Portal da Escola que além de facilitar o acesso aos diversos recursos disponibilizados nas diferentes disciplinas vai ser também um espaço de ensino-aprendizagem onde se podem trocar ideias e partilhar informação que de outro modo não seria possível no tempo destinado à sala de aula.
- Tanto a nível de tecnologias como conteúdos penso que este plano, ao englobar todas as escolas, está a dar acesso a meios que de outro modo muitos miúdos nunca conseguiriam aceder.
Mas como em tudo o que é novo há sempre falhas:
- A falta de infra-estruturas para incorporar quadros interactivos, computadores por cada dois alunos, etc., em sala de aula (como a falta de tomadas (que já referiram), a falta de espaço que muitas vezes obriga a uma má disposição dos alunos nas salas de aula).
- Todo o eixo de formação deste plano está a ser negligenciado para além de nem sequer mencionar as TIC na formação inicial de professores penso também que falta pensar melhor na avaliação (parte integrante de um currículo da perspectiva tradicional) feita a partir do uso destas novas tecnologias. Se há uma valorização dos recursos em detrimento dos conteúdos fundamentais, os alunos vão ter acesso a uma informação excessiva, serão necessários filtros dessa informação e será o professor que terá de adoptar esse papel, mas como, se não tiver formação para tal? Não será por acaso que na grelha dos objectivos para 2010 não se encontram dados publicados da percentagem de professores com formação, desde 2006…
- Por fim, coloco-me também a questão de se esta utilização excessiva dos computadores não terá alguns efeitos perversos, não só a nível de saúde como a níveis sociais…